domingo, setembro 25, 2005

La Solitudine

- Eu acho essa parte tão bonitinha quando ela canta!
   "studiare e' inutile tutte le idee si affollano su te..."
- Do que adianta, se eu não falo italiano?
- É assim mesmo, pô! Como está escrito!
- Dá no mesmo!
- Então fica perto do telefone, que eu vou te mostrar como é que é.

- ... tão bonitinho, Anoca!

São quase oito já...

quinta-feira, setembro 08, 2005

É, mas não é.

E ter a felicidade, talvez, de isso que chamam de delírio o seja.
Mas os cinco minutos finais ainda são dos que esperam.

domingo, fevereiro 27, 2005

Is this the beginning?

1 mês.
O primeiro de uma série.

O começo do "pra sempre".

sexta-feira, fevereiro 25, 2005

Sultans of swing?

Um sonho estranho, com ar de realidade.
Queria que fosse real, de fato.

Eu entrava num celta preto e a pessoa do meu lado me cumprimentava.
Daí eu mergulhava em alegria, porque era Vitor quem estava ali!
Mas como?

Então eu fiz uma série de perguntas e para algumas não obtive resposta. O estranho é que não poderia nunca, ser ele. Nunca. Eu o vi em seus últimos instantes e tinha certeza de que não poderia está-lo vendo ali, do meu lado, falando comigo.
Como sonho é um mundo complexo, depois do carro eu já estava na casa dele, desta vez pra compartilhar com ele o que ele um dia achou bonito deixar pra trás. Mas eu duvidava que fosse ele, não podia sê-lo! Só que ele me deu a certeza de que era ele, pois, se fosse outra pessoa, não se sentaria ao piano e não tocaria as músicas de Chopin que eu tanto gostava, nem a música que ele tanto insistiu para eu aprender, e eu sempre me recusando.

E eu fiquei tão feliz nesse momento!
Tão feliz!

E acordei. Tenho a impressão de ter acordado sorrindo, na esperança de sair ligando pra todo mundo e dizer que ele ainda tá vivo aqui, para corrermos ao seu encontro... mas aí era só sonho.
E eu não gostei nada disso.

Eu queria dar um pouquinho de paz só pra minha cabeça, porque nessas horas ela parece não querer entender
Lá se vai quase 1 mês e o que eu mais queria era ele aqui.

A professora de Latim me indicou pra monitoria e ele não está aqui pra eu contar, nem pra ficar feliz comigo. Porque ele foi a única pessoa, até hoje, que se interessou em estudar latim comigo. Todo dia ele me perguntava por novos exercícios e me ajudou a encontrar um tradutor na internet... e estava sempre ali, vibrando com cada notal legal que eu tirava.

E agora eu quero ele aqui pra dividir isso.

É muita felicidade, mas que não parece querer fazer sentido.

quarta-feira, fevereiro 23, 2005

?

Eu não queria-me crucificar assim.
Às vezes parece estar tudo em seu devido lugar, mas nunca está.
Você não está.

Daí eu vejo que nada está como era antes... e sofro pela ambigüidade desta sensação de vazio.

sábado, fevereiro 19, 2005

- "O de sempre."

Lá fora, todos sorriem.
Se soubessem, não seriam educados ao ponto de perguntar se está tudo bem.
Se pudessem, mas não.
Se, ao menos, eu também pudesse...
Tanta gente ia ser feliz...

Mas ninguém pode, ninguém quer.
Nem deve, nem sabe se deve.

Eu sei que dói e não passa.
Tento enganar, mas tudo parece estar ali para me remoer.

E, se me perguntar, sinto ter de responder que é o de sempre.

É...

Há pouco, quase um, tornou-se para sempre.

quinta-feira, fevereiro 03, 2005

... e das estrelas que esquecemos de contar.

Algumas pessoas preferem começar pelo começo. Eu gosto de começar por onde tudo começou. Poderia dizer que nos tornamos colegas de classe em 1997, mas prefiro relatar-lhes quando aprendi a chamá-lo de amigo.

São oito anos de história e oito intensos meses de convivência. Desde o dia em que precisei chantageá-lo (ameaçando cantar, se ele não tocasse), sucederam-se madrugadas inteiras no MSN, e conversas sem fim.

Dos exercícios da minha faculdade à cultura inútil dos vídeos que circulam na internet, Vitor foi meu companheiro. Uma época de me sentir dependente e dizer "só vou se ele for". E nós íamos! Éramos uma dupla: eu fazia as letras e ele música - mas nunca compusemos.

Nós nos acreditávamos e ele se tornou meu professor de teclado, da maneira mais inusitada: curso por telefone e internet! Nota por nota, acorde por acorde, pacientemente, ele me ensinou as primeiras lições. A amizade foi crescendo, tornando-se cada vez mais sólida.

Cerveja, crepe, sushi, zoológico, as longas esperas nas paradas de ônibus e uma trilha sonora à base de Chopin. Uma amizade nem de tantas farras, mas de muita dedicação. E nos tornamos confidentes. Do enorme carinho existente, surgiu o inevitável. Estávamos cada vez mais próximos e o que é nosso, conosco ficará guardado. Algumas dores, mas precisávamos entender que nossa felicidade não podia ser como tínhamos planejado...

Infelizmente, pouco depois, nem mais tantas madrugadas; conversas finitas, nada de sushi, nem crepe, nem zoológico, nem Chopin. Os programas do fim-de-semana já não eram os mesmos, mas sentíamos no outro a confiança do "conta comigo, pro que der e vier".

E tudo veio de repente, inesperado, inoportuno, inconseqüente.

Cá dentro, a saudade ignora o mundo e faz das lembranças registros indeléveis, sem tempo, presas somente a si mesmas. E, nestas recordações, eu me apego e me conforto, pois tenho a certeza de que tudo que juntos vivemos valeu.